A notícia de que Fernando Zampedri entrou no radar do Grêmio chegou a Rosário, endereço em que nasceram Che Guevara e Messi. Aliás, a cidade é orgulhosa por ser berço da esquerda latino-americana. A deferência dada a Che é especial. Há na região central da cidade uma placa no prédio onde ele nasceu e passou parte da infância. Nenhum turista sai de Rosário sem ouvir a indicação do local.
Pois é nessa cidade que está um dos candidatos a camisa 9 do Grêmio. E ele só sairá de lá se o Rosario Central receber os US$ 4,5 milhões da multa. O negócio deve, com valores agregados, chegar a US$ 6 milhões, me alerta, por telefone, Luis Castro, editor de Esportes do diário La Capital, o principal da cidade.
Zampedri chegou em julho, comprado do Atlético Tucumán por US$ 1,5 milhão, e assinou por quatro anos. Desembarcou incensado pelos cinco gols na Libertadores. Talvez tivesse feito mais, não fosse a artroscopia que o tirou da última rodada, contra o Palmeiras.
Centroavante de ofício, 1m85cm, ele vive o melhor momento na carreira. Até chegar ao Tucumán, só havia atuado em clubes pequenos de divisões menores da Argentina.
Aos 29 anos, completará 30 em fevereiro, conseguiu proeminência e despertou alguma cobiça no mercado argentino. Mas, segundo Castro, os valores pedidos tornam o negócio proibitivo. No Rosario, como Marco Rubén, sofreu com lesões, fez 10 jogos e quatro gols. Muitas vezes, formou dupla com German Herrera.