Só mesmo uma mudança radical de temperamento poderia criar uma perspectiva para Seijas no Inter. A avaliação interna no clube é de que o venezuelano é um jogador de qualidade técnica, de toque refinado e extremamente profissional e educado. Mas conformado, pouco sanguíneo.
A atual direção não viu nos cinco meses de 2017 em que atuou no clube um sinal de reação para que assumisse algum protagonismo na equipe ou virasse, ao menos, alternativa no banco de reservas. Pesa contra ele o fato de ter passado seis meses na Chapecoense sem cavar um lugar como titular.
A direção nutria a esperança de que o ambiente em Chapecó, onde a comunidade abraça o clube e acarinha os jogadores, fizesse o venezuelano deslanchar no Brasil. O que não se confirmou. Seijas é um dos integrantes do grupo de oito jogadores que treinam com o sub-23 em Alvorada.
Com contrato até a metade de 2019, Seijas revelou a pessoas próximas no final do ano passado o desejo de encerrar sua experiência no futebol brasileiro. Avalia que não foram produtivos os 18 meses por aqui.
Ele desembarcou em junho de 2016 como titular da seleção venezuelana e grande nome do Santa Fe,-COL. Esse cartaz rendeu-lhe, inclusive, indicação ao prêmio Rey da América, do jornal uruguaio El País. No Inter, foram 29 jogos e cinco gols.