Foi um completo absurdo a Conmebol ter confirmado o jogo para a noite desta terça (17). Enquanto os grupos de whatsApp mostravam imagens assustadoras vindas do Uruguai, e os veículos de comunicação davam voz às principais autoridades estaduais e municipais que alertavam a população dos perigos consequentes da tempestade subtropical que se aproximava — e pedindo para que, quem pudesse, ficasse em casa — a entidade que comanda o futebol sul-americano não quis nem saber e obrigou as equipes a entrarem em campo.
É claro que isso influenciou diretamente na presença de público — pouco mais de quatro mil colorados encararam a ida ao Beira-Rio — mas, pelo menos, os principais efeitos da tormenta não foram sentidos durante o período que a bola rolou e o Internacional pôde impor sua superioridade técnica, realizando um jogo muito parecido com o do último sábado (14), com marcação alta e ataques em bloco — com até seis jogadores entrando simultaneamente na área— com a diferença que, dessa vez, a bola não entrou no gol de Daniel.
Destaque para a grande atuação de Wanderson, que só não foi o melhor em campo pela noite de gala vivida por Edenilson, com dois gols e aquele futebol que o levou a Seleção Brasileira. E ainda teve a simbologia da comemoração de seu primeiro gol, quando tirou a camisa — e pela primeira vez na minha vida eu não fiquei brabo com tal atitude vinda de um jogador que veste nosso manto — para mostrar, com orgulho, a cor da sua pele. Uma grande vitória num jogo que não deveria nem ter acontecido.