Para quem achava — como eu — que Aguirre mudaria pouco o time, a surpresa já veio na escalação. Com novidades nas laterais e uma maior ocupação do meio-campo, a bola chegou em melhores condições ao ataque em diversas vezes e a pontaria estava afiadíssima no primeiro tempo. Foram cinco finalizações certas e duas bolas no fundo da rede.
Ir para o intervalo com a vantagem de 2 a 0 era algo que há muito tempo não acontecia e tudo estava sob controle. Inclusive, o Inter só não aumentou o placar pela grande atuação do goleiro João Paulo, da Chapecoense.
Mas a noite ficou mais nervosa quando um velho problema voltou a fazer a bola entrar no nosso gol: a bola aérea. E aquela tensão pós-gol, que tanto já nos prejudicou recentemente, dessa vez foi bem controlada. Eu diria que até foi transformada em uma reação que só não se refletiu no placar porque, além da já citada atuação do goleiro adversário, aquela pontaria afiada do primeiro tempo não se repetiu no segundo — muito provavelmente pelo desgaste físico de um time que correu durante o jogo inteiro, mostrando garra, entrega e dedicação como todo torcedor quer.
Foram muitos destaques positivos em uma noite que se torna simbólica porque Aguirre teve sua primeira passagem pelo Inter em 2015 ceifada justamente após um empate com a Chapecoense. Além de quebrar o tabu de nunca termos vencido na Arena Condá pelo Brasileirão. A nova Era Aguirre começa muito bem.