O Rincão do Inferno fica no limite entre os municípios de Bagé e Lavras do Sul. O Arroio Camaquã Chico, afluente do Rio Camaquã, corta um aglomerado de rocha por uma extensão de quase dois quilômetros, formando um cenário paradisíaco. O nome da localidade teria origem no difícil acesso, pela formação geológica e devido à longa distância das cidades.
Em visita ao Universo Pecuária, ouvi muitos elogios à beleza do Rincão do Inferno. O Almanaque Gaúcho compartilha fotos do acervo do pecuarista Telmo Ferreira. Ele é irmão da proprietária da área no lado de Lavras do Sul, Vânia Raimundi Ferreira.
Telmo Ferreira conta que o pai comprou a fazenda nos anos 1970, quando a localidade ainda não tinha rede de energia elétrica. Hoje, a região tem luz e internet. O nome do local não condiz com as belezas naturais. O lado de Lavras do Sul ainda não é explorado turisticamente.
— Todo mundo comenta que é um paraíso — resume Ferreira.
No lado de Bagé, moram descendentes de ex-escravizados, que buscaram refúgio naquele local. Eles recebem visitantes que enfrentam a viagem nas estradas de terra. Distante 90 quilômetros da cidade de Bagé, o Rincão do Inferno faz parte do quilombo de Palmas.