Porto Alegre cresceu sobre o Guaíba e o Delta do Jacuí. Nem todos sabem, mas hoje caminhamos por regiões que eram tomadas pela água. Uma grande expansão foi para a construção do Cais Mauá, inaugurado em 1921. O alargamento do Centro fez surgir novas vias, como Avenida Mauá e Rua Siqueira Campos.
Nas décadas seguintes, a prefeitura planejou a construção de bairro sobre área que seria aterrada na margem sul do Centro. O avanço sobre o Guaíba teve início em 1956 e, em 1978, atingiu 200 dos 300 hectares previstos. São áreas hoje ocupadas pelo Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, os prédios públicos da Avenida Borges de Medeiros, o Parque Marinha do Brasil e o Estádio Beira-Rio. Antes das obras, a água chegava até a Rua Washington Luís e Avenida Praia de Belas.
Com o fracasso nas vendas dos terrenos, o bairro planejado não saiu do papel e deixaram de ser aterrados mais 100 hectares. Só foram construídos edifícios de três pavimentos nas imediações do prédio do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul. O quarto episódio da temporada do podcast Aconteceu em Porto Alegre recebe a arquiteta, urbanista e professora da PUCRS, Maria Dalila Bohrer, que conta em detalhes como foram os aterramentos da cidade.
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