Se há alguém que aguarda ansiosamente pela definição do nome da terceira via em âmbito nacional, esse alguém é o MDB do Rio Grande do Sul. E por uma razão simples: a eventual composição que - tudo indica - reunirá Simone Tebet e um nome do PSDB (João Doria ou Eduardo Leite) ajudará a consolidar um palanque importante para os emedebistas na direção do Piratini em outubro.
É que caso a aliança nacional se confirme, o MDB poderá levar consigo a imagem de candidatura de continuidade do governo Eduardo Leite, considerando que PSDB e MDB estarão juntos (além de Cidadania e União Brasil). O tucano deixou o governo do Estado com bons índices de aprovação e pesquisas apontam, inclusive, que caso fosse à reeleição ele teria grandes chances de vencer a disputa.
É de olho nesse capital político que o MDB acompanha (e torce) pela definição dos nomes nacionais o quanto antes. Um "match" Tebet e Eduardo Leite, por exemplo, ajudaria na construção de uma candidatura de centro no RS, a ser liderada pelo pré-candidato Gabriel Souza, ex-presidente da Assembleia Legislativa.
A novela, contudo, não está exatamente próxima de um final. Além das discussões sobre quem deve ser a cabeça de chapa entre os partidos dispostos a construir a tal "terceira via", o PSDB precisará resolver o impasse interno que envolve Dória x Leite — um nó que aliás não parece tão simples de ser desatado.
No início do mês de abril, dirigentes do MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania fecharam um acordo e decidiram lançar apenas um candidato à Presidência da República. Mesmo assim, o grupo da terceira via só baterá o martelo sobre quem será o candidato no dia 18 de maio.