O maior programa de transferência de renda do país poderá passar por mudanças na gestão do presidente Jair Bolsonaro. Sob o comando do gaúcho Osmar Terra, o Ministério da Cidadania já implementou, pela primeira vez, o pagamento de uma décima terceira parcela às famílias atendidas pelo Bolsa Família. De acordo com a Caixa Econômica Federal, o programa atende atualmente a 13,9 milhões de famílias de baixa renda em todo o país.
Entre as medidas em estudo pelo ministro Osmar Terra está o pagamento de um "prêmio" às famílias em que as crianças obtiverem bons resultados na escola. A intenção, com isso, é valorizar o bom desempenho dos alunos e incentivar melhores níveis de escolaridade. O ministro defendeu a novidade à coluna como forma de promover o desenvolvimento humano.
— Está em estudo. Seria, por exemplo, para as crianças que passarem de ano, as que tenham notas boas, nota maior do que sete, aí a família ganharia um premio no final de ano. Hoje, não há um incentivo para que a criança melhore sua escolaridade. Nós só vamos tirar essas famílias da pobreza se houver desenvolvimento humano. Nós queremos cuidar da primeira infância — explicou.
Ouça a conversa com o ministro Osmar Terra transmitida durante o programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha.
O ministro Osmar Terra ressaltou que todas as ideias ainda passam por discussão interna no governo e ainda não decisão final tomada. Outra preocupação, segundo Terra, é promover a empregabilidade dos adolescentes atendidos pelo Bolsa Família que hoje não trabalham, nem estudam — conhecidos como "nem-nem". A intenção é conversar com diferentes setores da economia para que acolham esse jovens com ofertas de emprego. O ministro também insiste na importância da formação profissional desse jovens e, por isso, já deu início às conversas sobre o tema com o Ministério da Educação.
— Estamos conversando, trabalhando para capacitar tecnicamente esses jovens. Além disso, negociamos junto aos setores, como a construção civil, para que 10% dos novos empregos possam ser destinados a esses jovens "nem-nem" o que reforça a ideia de promover a independência desses jovens e, consequentemente, não precisarão mais do benefício — explicou.