Em defesa do pacote que prevê a reestruturação de carreiras de servidores públicos, o governador Eduardo Leite (PSDB) reforçou a ideia de que é preciso promover mudanças profundas e não superficiais para enfrentar a crise histórica nas finanças do Rio Grande do Sul. Neste sentido, Leite explicou, em entrevista realizada pela Rádio Gaúcha, que a venda do Banrisul para a iniciativa privada produziria uma receita finita e, com isso, atenderia somente a falta de recursos durante seus quatro anos de governo.
— Nós vendermos o banco para pagar contas do mês talvez fosse a alternativa mais fácil para o meu governo. Mas ia condenar o futuro do Estado. Nós temos que resolver o futuro. Esse governo não quer uma solução para os meus quatro anos no Executivo e "o próximo governo que se vire". Queremos uma solução estruturada para o futuro do Rio Grande do Sul — explicou.
Leite utilizou como exemplo a utilização dos recursos de depósitos judiciais por gestões anteriores no Piratini e que representaram esta "solução imediata", porém sem solucionar uma conta que anualmente não fecha nos cofres públicos (entre despesas e receitas).
— Essa foi fórmula utilizada ao longo da história, com saques do caixa único, saques dos depósitos judiciais. Foram R$ 19 bilhões sacados de recursos finitos para pagar as contas do mês e chegamos a essa situação. Acabaram estas formulas de receitas extraordinárias — completou.