Uma das vozes de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL) decidiu apostar em um método didático para argumentar junto a seus eleitores contra a reforma da previdência, enviada pelo Executivo ao Congresso Nacional. A gaúcha, que está em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, criou uma cartilha com argumentos contrários ao projeto proposto. O texto vem sendo defendido pela equipe econômica como a grande ação capaz de recuperar as contas públicas e, assim promover uma retomada na economia. O último dado do IBGE aponta que o número de desempregados no Brasil chegou a 13,2 milhões de pessoas.
Sobre a montagem da cartilha, Fernanda Melchionna (PSOL) sustenta que é preciso "desmontar argumentos falaciosos", apresentados por técnicos do governo para defender as mudanças nas regras para a aposentadoria. Melchionna classifica o plano proposto pela gestão Bolsonaro como "retrocesso" em direitos dos trabalhadores e diz que "é preciso corrigir os enormes desequilíbrios", através de uma Reforma Tributária Solidária.
Para derrotar o texto que atualmente tramita na comissão especial da Câmara, Melchionna propõe cinco passos. O primeiro deles: ler a cartilha formulada por seu mandato. O segundo passo sugere encontrar um lugar para realização de reuniões sobre o tema. "Procure um lugar onde você possa reunir pessoas para ler com você a cartilha. Pode ser um sindicato, o salão da igreja, uma escola, a associação de bairro ou até a sua casa, se tiver espaço", diz o texto.
Veja os passos sugeridos:
Passo 1: leia o material
Passo 2: organize um local para reuniões
Passo 3: convide pessoas para discutir e lutar contra a reforma
Passo 4: organize um calendário de ações contra a reforma!
Passo 5: procure o PSOL e aliados para fortalecer a luta contra a reforma!
Nesta semana, a proposta de reforma da Previdência venceu mais uma etapa de tramitação na comissão especial: o fim do prazo para apresentação de emendas. No grupo, deputados federais apresentaram 276 sugestões para alterações no texto do governo.