Como escreveu a repórter Letícia Paludo, de GZH, o Instagram vai ficar “de cara lavada” a partir do próximo dia 15 de janeiro. Boa parte dos filtros utilizados na plataforma serão removidos.
O que será de nós?
A pergunta "contém ironia".
Sou radical neste ponto: o fim das maquiagens virtuais usadas para atenuar rugas e sinais do rosto é um alívio.
É, também, uma forma de dar mais realismo a um universo paralelo fantasioso que vem arruinando a saúde mental de muita gente.
Nas redes, nem sempre a grama do outro é mais bonita por ser melhor cuidada. Às vezes, é apenas por ser fake. Li isso em algum lugar e achei genial. Faz todo o sentido.
Agora, a partir do dia 15, 2 milhões de filtros desenvolvidos por terceiros serão retirados do ar, restando apenas os que são de autoria da própria Meta, que detém Instagram, Facebook e WhatsApp. Ou seja: ainda haverá armadilhas, mas a chance de você se enganar vão diminuir bastante.
Conheço pessoas que são duas: têm uma versão nas redes e outra na vida real. O fim dos filtros é um passo importante para conter a síndrome de Dr Jekyll e Mr. Hyde.
Precisamos nos aceitar como somos. Do jeito que somos.
