Porto Alegre tem uma janela de oportunidades escancarada à frente - e com vista privilegiada para o Guaíba. O projeto do novo Parque da Orla, apresentado na noite de terça-feira (5), na Casa do Gaúcho, é uma chance de consolidar a cidade como destino turístico atrativo, retendo visitantes que hoje vêm ao Estado apenas para conhecer a Serra. Mais do que isso: é a possibilidade real de transformar uma área utilizada somente durante os festejos farroupilhas em um espaço frequentado o ano inteiro, com entrada franca e atrações para todos os gostos e bolsos.
Acompanhei o evento de lançamento do mega empreendimento idealizado pela GAM3 Parks (concessionária responsável pelo Parque da Harmonia e pelo Trecho 1 da Orla) e me surpreendi com a ousadia e magnitude do plano. A proposta vai muito além da famosa roda-gigante de 66 metros de altura. São praças, museus, vilas temáticas, restaurantes, montanha russa, mirante, passarela, churrascaria, estação de trem, arena de rodeios e muito mais. É até difícil detalhar tudo.
Sempre haverá, é claro, quem critique. "Dinossauros? Que bobagem!", dirão alguns. Mas, se fósseis das espécies mais antigas do mundo de fato foram encontrados por paleontólogos na região central do RS, por que não explorar e valorizar a descoberta, tomando como inspiração a magia dos parques da Disney, tão badalados pelos brasileiros?
O projeto é bem feito, amplo e diversificado, com opções para a família inteira. Envolve entretenimento, cultura, espaços educativos, comerciais e gastronômicos e preserva a área verde destinada ao tradicional acampamento do 20 de setembro - que seguirá ocorrendo. Há ainda uma série de novidades previstas para a orla em si: águas dançantes, barquinhos de controle remoto e botes motorizados, entre outras alternativas.
O desafio, agora, é tirar tudo isso do papel, no cronograma previsto (a promessa é entregar 100% do parque revitalizado em quatro anos). Serei a primeira da fila, no dia da inauguração.