Depois de lançar um programa de crédito para mulheres donas de negócios, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) acaba de aprovar uma linha de financiamento para reduzir desigualdades sociais e romper com os preconceitos de raça e cor.
É sempre bom lembrar: o BRDE é uma instituição pública de fomento, controlada pelos três Estados do sul do Brasil, com sede em Porto Alegre. Só no primeiro semestre de 2022, o banco injetou R$ 1,65 bilhão na economia regional (46% a mais do que no mesmo período de 2021), apoiando, principalmente, empresas de pequeno e médio porte, de todos os tipos.
Agora, a ideia é chegar a mais gente, com uma iniciativa chamada BRDE Equidade, facilitando o acesso ao crédito a pessoas negras e pardas de baixa renda, com trabalho precário ou informal. A ação inclui quilombolas e também povos indígenas.
Na prática, o banco vai priorizar pequenas iniciativas empreendedoras e atuar em parceria com cooperativas e Organizações da Sociedade Civil (OCIPs). Com isso, a intenção é viabilizar empréstimos menores (microcrédito) a um número maior de pessoas - que, em geral, têm dificuldades para conseguir esse tipo de apoio.
O banco também está se comprometendo a retirar parte das tarifas internas de análise e de fiscalização dos contratos, além de reduzir o percentual de comissão.
Vale acompanhar os desdobramentos. Mais do que um discurso bonito ou politicamente correto, esse tipo de ação pode fazer a diferença na vida de muita gente e ainda beneficiar a economia - e a sociedade - como um todo.