A empresa Tecnova apresentou o cronograma de obras que permitirá religar a primeira das três subestações de energia da Trensurb que foram afetadas pela enchente. O calendário detalha todos os dois anos e meio de contrato e confirma que a primeira etapa da reconstrução será concluída em 24 de dezembro.
Com a religação da energia na subestação Farrapos, os trens poderão voltar a chegar até o centro de Porto Alegre. Desde a enchente, as viagens não ocorrem nas estações São Pedro, Rodoviária e Mercado por falta de carga na rede elétrica.
A Tecnova fará a desmontagem dos equipamentos danificados na subestação de energia Farrapos. Também ocorrerá a instalação de novos aparelhos, parte deles adquiridos pela empresa e outra parte que serão realocados ou que já foram adquiridos pela Trensurb. Ao final destas etapas ocorrerá a realização de uma série de testes com os trens no trecho atualmente inoperante.
— Convém verificar que a contratada mantém no cronograma o acompanhamento da subestação Farrapos até fevereiro, com a finalidade de monitorar e realizar os ajustes técnicos necessários para melhorar as condições ao máximo desta situação provisória — destaca o diretor-presidente da Trensurb, Nazur Garcia.
Ao longo dos próximos dois anos e três meses, a Tecnova também precisará religar as demais subestações que irão permitir a redução do intervalo das viagens do trem - hoje chegando a 12 minutos. Antes da enchente, no horário de pico, era possível embarcar a cada 4 minutos.
Depois que as subestações dos bairros Fátima e São Luís, ambas em Canoas, forem religadas, a unidade da Farrapos será totalmente reconstruída, inclusive com a construção de um novo imóvel, que colocará os equipamentos em uma altura superior onde a enchente de maio atingiu. A intenção da Trensurb é evitar que novos alagamentos voltem a afetar o sistema de operação dos trens.
Ao todo, a reconstrução pela qual a Trensurb irá passar vai custar R$ 400 milhões. Desse total, o governo federal já repassou R$ 164 milhões. A empresa também irá direcionar outros R$ 20 milhões, que tem do seu orçamento, para recuperar o sistema.