Depois de ter sido usado para recebimento de doações e abrigar ônibus de empresas que tiveram garagens alagadas, o estádio Olímpico poderá ter um novo fim temporário. A antiga casa do Grêmio poderá recepcionar pessoas desabrigadas.
A prefeitura já consultou a direção tricolor e informou ao governo do Estado. O objetivo é usar o imóvel como uma cidade provisória. Além de local para dormitório, a ideia é instalar cozinha comunitária, brinquedoteca, lavanderia coletiva e espaço pet.
- Uma das alternativas é usar o complexo do Porto Seco. Não os galpões, nem a pista. Se for necessário, vamos fazer. Outra alternativa é Olímpico. Estamos vendo custos. Não é uma cidade para dez mil pessoas. O governador ofereceu essas estruturas, com alimentação e segurança - informou o prefeito Sebastião Melo.
O Grêmio já foi consultado. O assunto será tratado em reunião, nesta segunda-feira, no Conselho Deliberativo do clube. Há possibilidade de que a ideia seja aceita pelo clube, desde que não implique em descumprimento de contrato com a Karagounis e OAS 26.
O assunto vem sendo tratado pelo vice-governador Gabriel Souza. Ele confirma que a prefeitura pretende que o Olímpico seja usado.
- Pretendo concluir a contratação dos fornecedores até amanhã. Imediatamente após, tenho que informar os locais - projeta Souza.
Além de Porto Alegre, Canoas, Guaíba e São Leopoldo receberão estas cidades provisórias. A ideia é poder abrigar 65% das pessoas da Região Metropolitana que estão sem moradia. Elas devem permanecer nestas estruturas até que consigam retornar para seus locais de origem. O governo do Estado já está contratando as empresas que vão fornecer os materiais necessários.