Longe do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho há pouco mais de um ano, a estátua de Jayme Caetano Braun está sendo preparada para voltar ao local.
O monumento ao maior pajador do Rio Grande do Sul será reinaugurado às 11h30 do dia 30. A estátua, que ficava próximo da Casa do Gaúcho, foi retirada em dezembro de 2022, quando as obras do parque foram iniciadas.
A escultura está passando por um restauro completo: retirada de tinta e melhorias estruturais, principalmente em sua base. O próprio autor da obra, o escultor Vinicius Ribeiro, está realizando o trabalho.
Quando voltar ao parque, no ano do centenário do poeta gaúcho, a estátua ganhará um novo espaço. O monumento será instalado na entrada do Pórtico Missões, localizado na Avenida Edvaldo Pereira Paiva. A iniciativa é uma parceria entre a concessionária GAM3 Parks e a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa.
Serão instalados sete bancos em concreto liso ao seu redor. Segundo a GAM3 Parks, cada um dos assentos simbolizará os povos que historicamente compõem as Missões, representando São Francisco de Borja, São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo Custódio.
- Esta ação não apenas renova um importante símbolo, mas também reforça a importância cultural e histórica do poeta Jayme Caetano Braun -, relata a arquiteta e diretora da GAM3 Parks, Carla Deboni.
A estátua foi instalada no parque em 2006. Feita manualmente em concreto armado, ela tem dois metros de altura e 950 quilos.
- Jayme Caetano Braun personifica a essência da Pampa. Seu centenário é aclamado em reconhecimento ao legado ímpar deixado para a cultura deste estado e país -, afirma a presidente da Comissão Municipal dos Festejos Farroupilhas de Porto Alegre, Liliana Cardoso.
Pajador
Em outubro de 2001, a Lei Estadual, que instituiu o dia 30 de janeiro como o Dia do Pajador Gaúcho, entrou em vigor. A data é uma homenagem ao o missioneiro Jayme Caetano Braun, que nasceu nesse dia em Bossoroca, antes Timbaúva, então distrito de São Luiz Gonzaga, em 1924. O poeta morreu em julho de 1999.
Pajador é o trovador que recita a pajada, uma forma de poesia improvisada, ou não, com estrofes de 10 versos e acompanhamento do violão. Além do Rio Grande do Sul, o estilo é encontrado, sobretudo, na Argentina e no Uruguai (a payada) e no Chile (paya). Em espanhol, seu intérprete é o payador.