A recuperação da Usina do Gasômetro poderá custar menos aos cofres públicos. A comissão de licitação da prefeitura de Porto Alegre está realizando a escolha da empresa que ficará responsável pelo serviço.
Na quinta-feira (26), foram conhecidas as duas propostas concorrentes para reformar o prédio histórico de 1928. Elas vieram da construtora Biapó, de Goiânia; e do Consórcio RAC Arquibrasil, de Curitiba.
A empresa do Paraná se compromete a realizar a obra pelo menor valor: R$ 11,44 milhões. O montante é aproximadamente R$ 520 mil mais barata que a proposta concorrente. Quando a prefeitura montou o edital da recuperação estimou gastar até R$ 12,5 milhões.
A prefeitura estima que o contrato deve ser assinado até o começo de dezembro. A empresa escolhida terá um ano e dois meses para fazer a obra. A maior parte da verba, R$ 10 milhões, virá de um empréstimo da Corporação Andina de Fomento (CAF). O restante virá do orçamento da prefeitura.
Para conseguir o repasse total dos recursos da CAF, a prefeitura teria de concluir a obra em agosto de 2020, seis meses antes do previsto. Como isso não irá ocorrer, será necessário negociar com a CAF uma prorrogação de contrato. Nesse caso, o banco precisará ser convencido que as obras estão em andamento. Se a reforma estiver parada, a CAF poderá cancelar as parcelas.
Nova usina
Com a reforma, o cinema mudará de lugar: deixará o terceiro andar e irá para o térreo, abaixo do teatro. A alteração foi realizada por orientação das equipes de segurança, pois facilita a evacuação em emergências. A porta principal também será alterada. O acesso será pela parte lateral do prédio, frente para a orla.
No segundo pavimento será inaugurado o Teatro Elis Regina, no formato de arena — assentos em volta do palco poderão abrigar até 300 pessoas. Um restaurante deve ocupar parte do terraço. Haverá, ainda, duas novas escadas, uma voltada para os trilhos do aeromóvel e outra que dará acesso ao terraço, reforçando a ideia de independência dessa área.