A praça dos três poderes, enfim, será recuperada. Já são cinco anos de espera desde que as obras deveriam ter começado.
Localizada no Centro Histórico de Porto Alegre, a Praça da Matriz fica em uma quadra cercada pelo Palácio Piratini, Assembléia Legislativa e Palácio da Justiça. Ela costuma receber frequentadores que aproveitam o espaço verde ou que realizam manifestações na região.
Não é difícil encontrar problemas no local. Eles vão desde as pedras portuguesas soltas e buracos na calçada, pichação, vegetação dos canteiros que avançam no passeio, grades retorcidas, demora na poda dos arbustos, além de postes de luz vandalizados e bancos quebrados e desgastados.
A prefeitura está trabalhando nos preparativos do edital de licitação. A expectativa da Secretaria Municipal da Cultura é que a disputa seja lançada nos primeiros dias de outubro.
O investimento feito será de R$ 2,8 milhões. O recurso usado virá do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Essa verba está disponível desde 2013. As obras poderiam ter iniciado ainda em 2014. Na ocasião, uma empresa chegou a ser escolhida, mas, sem garantias financeiras, jamais assinou o contrato.
Em 2017, a prefeitura informou que realizaria nova licitação. Como o recurso liberado não foi reajustado, uma parte das obras foi retirada das melhorias. A ideia inicial era remover o asfalto das quatro ruas que rodeiam a praça deixando o pavimento em paralelepípedo, assim como foi feito na avenida Siqueira Campos, ao lado da Praça da Alfândega.
Agora, em 2019, a prefeitura está atualizando os preços para não precisar diminuir novamente a lista de melhorias previstas. A previsão é que os trabalhos durem oito meses.
- O orçamento passou pela análise da Caixa Econômica Federal, que estipula uma metodologia e, juntamente com a prefeitura, define estratégias para que a obra seja mais econômica possível. Muitas medidas foram tomadas para que a inflação fosse compensada sem a necessidade de aumento do valor da obra - diz o arquiteto Luiz Merino de F. Xavier, da secretaria da Cultura.