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Após demorar três anos para iniciar, restauração da Praça da Matriz precisará passar por nova licitação

Por diferença entre valor contratado e preços de mercado, contrato foi rescindido, e liberação da praça está sem data definida

Jocimar Farina

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André Ávila / Agencia RBS

Com contrato da obra assinado três anos depois que seu orçamento foi definido, a restauração da Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre, terá agora de passar por nova licitação. O motivo: o valor contratado é menor do que está sendo praticado no mercado. Assim, faltam recursos para fazer tudo o que estava previsto em um dos cartões-postais da cidade.

A Secretaria da Cultura de Porto Alegre está atualizando os valores e deve concluir o novo cálculo até o mês que vem. Em 2013 era de R$ 2,8 milhões. O recurso usado é do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Esse montante não sofrerá reajuste: o projeto da revitalização é que terá mudanças.

Por causa disso, serão feitas alterações no próximo edital. A ideia inicial era retirar o asfalto das quatro ruas que rodeiam a praça, deixando o pavimento em paralelepípedo, assim como foi feito na avenida Siqueira Campos, ao lado da Praça da Alfândega. Para ajustar a recuperação à verba disponível, isso não deve mais acontecer.

Será mantido, no projeto, a recuperação dos canteiros e da vegetação, melhoria na iluminação da praça e compra de mais bancos para os frequentadores. Após finalizar essa etapa, uma nova licitação será lançada. A previsão é que os trabalhos durem um ano.

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Já sobre a recuperação do monumento a Júlio de Castilhos, o serviço prossegue, mas foi prorrogado em dois meses. A restauração começou em abril. Como o processo licitatório foi realizado de forma mais rápida, não houve discrepância entre o valor orçado e os preços atualizados de mercado.

O trabalho é realizado pela empresa Interativa, que contratou a engenheira metalúrgica Virgínia Costa e o restaurador de esculturas metálicas francês Antoine Amarger.

As obras deveriam durar até dezembro. Mas o serviço foi ampliado até o fim de fevereiro. A restauração custará R$ 1,105 milhão e o recurso também foi liberado pelo PAC.

Primeiro foi feito todo o inventário do monumento em bronze e granito. O diagnóstico identificou a existência de fissuras e partes corroídas pela ferrugem. Depois se investigou e analisou a melhor forma de fazer a intervenção. Em setembro, a restauração deve começar.

O monumento da República, uma figura feminina e um globo terrestre que estão localizados na parte mais alta da escultura, precisará ser retirado da estátua para receber tratamento especial.

Félix Zucco / Agencia RBS
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