Durante dois finais de semana de fevereiro, a freeway precisou ser bloqueada totalmente em Porto Alegre para andamento das obras de construção da nova ponte do Guaíba. A alteração no trânsito trouxe uma série de desvios que precisaram ser implementados e monitorados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), CCR Via Sul, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Tanto nos fins de semana do dia 9 quanto no dia 23 de fevereiro, havia uma previsão de que a rodovia também ficasse bloqueada no dia seguinte. Em ambos os casos, a execução rápida das atividades permitiu a liberação rápida da freeway em um trecho tão movimentado.
Segundo o engenheiro Carlos Vieira, responsável pela fiscalização da obra pelo Dnit, o tempo bom, a posição das vigas mais favorável do que as da operação anterior, a prática adquirida na ocasião anterior e a divulgação da operação aos usuários ajudou bastante para evitar problemas que pudessem retardar a liberação do tráfego.
- O prazo foi estipulado considerando-se o limite máximo possível para não impactarmos a volta da praia no domingo.
Como estávamos utilizando vários equipamentos, alguns deles sem substituto reserva, adotamos o prazo máximo para que, mesmo que houvesse uma quebra de equipamento ou algum outro problema, pudéssemos finalizar o trabalho, sem ter que realizar outro bloqueio - relata Vieira.
Os guindastes começaram a ser pré-montados no recuo existente na rodovia a partir das 21h da sexta-feira (22), quando o bloqueio ainda era parcial. Esse preparo permitiu uma agilidade de 1h30 aproximadamente para cada um dos três guindastes, ou seja, somente com esta medida se ganhou 4h30 de obra.
O planejamento destas duas ações foram planejadas há dois meses. O consórcio Nova Ponte do Guaíba é a responsável pela obra. No último sábado (23), quatro vigas foram instaladas na elevada com auxílio da empresa gaúcha Irigaray Guindastes e Transportes.
“As vigas deste final de semana pesavam entre 87 e 120 toneladas e por isso foram necessários três guindastes com capacidade de içamento de 220 toneladas cada, doze carretas de apoio e dois caminhões guindauto. Foram cerca de 40 profissionais envolvidos na operação dos guindastes que durou pouco mais de 24 horas”, avalia João Irigaray, diretor da Irigaray Guindastes e Transportes.
A construção da nova ponte sobre o Guaíba está 78% concluída. A expectativa do Dnit é poder finalizar a travessia até o fim do ano.