Todo mundo sabe que trocar tiros com bandidos é um dos maiores riscos para um policial. O que muita gente não imagina é que o simples ato de parar alguém para verificar documentos ou para impedir que imprima muita velocidade com o veículo também é perigoso para os agentes da lei.
Basta ver o que aconteceu com o soldado Jhonatan Grendene Caverzan Maximovitz, da Brigada Militar. Ele foi abordar dois homens que tinham sido flagrados, por câmeras de vídeo, arremessando objetos por cima dos muros do Presídio de Erechim, no norte do RS. Os policiais formaram uma barreira para verificar o veículo, e os suspeitos jogaram seu Monza, em alta velocidade, sobre Maximovitz, que morreu aos 28 anos de idade, após ser levado a um hospital. Os dois assassinos foram presos em seguida.
Aí você pensa: que fatalidade! Não foi casualidade. Bandidos em fuga constituem uma das maiores ameaças à sociedade – não ligam para nada, vida nenhuma, haja visto o grande número de pessoas atingidas cotidianamente nas ruas brasileiras por ladrões de carro.
Pois neste mesmo fim de semana em que morreu o PM Maximovitz, dois outros policiais foram atropelados Brasil afora. No Rio, o PM Rodrigo Loredo da Silva foi atingido e morto por criminosos que tripulavam um HB20 roubado. A mulher dele está grávida de sete meses.
No Espírito Santo, outro policial militar foi atropelado por suspeitos que ocupavam um carro que sofreria uma abordagem comum. Os tripulantes do veículo reagiram a tiros e ainda atropelaram o soldado, que reagiu a tiros e conseguiu ferir um dos criminosos. Eles foram presos horas depois.
É por situações como essas, em que uma simples abordagem se transforma em tentativa de assassinato, que ser policial é uma das atividades mais estressantes do mundo. No RS e no Brasil, então, nem se fala.