Sem paixões políticas, sem ideologização do tema, fale com franqueza: há quanto tempo o Rio Grande do Sul não exibia indicadores tão bons na segurança pública? Os números mostram redução de homicídios, latrocínios, roubos e furtos de carros, assaltos a coletivos, roubos e furtos em geral. Esses são os principais crimes e todos tiveram queda nas estatísticas.
Os únicos crescimentos, entre os principais delitos, foram dos feminicídios e dos roubos a banco — estes viraram epidêmicos, mas têm sido duramente atacados e até antecipados pelas polícias.
Alguém vai dizer que o colunista procura elogios para o governo Sartori. Não teria qualquer ganho político com isso, até porque ele perdeu as eleições para o novo governador. A honestidade manda reconhecer que, sim, os investimentos em segurança pública melhoraram as estatísticas. E a iniciativa privada deu sua contribuição para isso. O Instituto Floresta (formado por empresários em apoio à segurança pública) investiu, por exemplo, R$ 8,2 milhões em 52 viaturas para as polícias e outros R$ 4 milhões em 1.550 armas.
Há quem veja nisso intenção do empresariado em doar para privilegiar sua própria segurança. Não se está livre de distorções, mas o fato é que as viaturas e armas garantirão mais policiamento para toda a sociedade. De forma direta e indireta. Uma ótima iniciativa numa época em que os governos vivem para pagar o funcionalismo.
Esse, aliás, é o ponto que falta ser solucionado. E como falta... não há funcionário satisfeito com salário em atraso. E foram quatro anos de vencimentos atrasados durante o governo Sartori. O novo governo começa e também não há, ainda, fórmula certa para o pagamento em dia. Feita a ressalva, o fato é que a população em geral tem motivos para comemorar essas excelentes estatísticas no campo da segurança.