Uma andorinha não faz verão. Esse velho e sábio ditado se encaixa perfeitamente na vida atual do Brasil-Pel, que aceitou a demissão de Rogério Zimmermann e, menos de 24 horas depois, anunciou o ex-zagueiro Bolívar como o novo chefe do vestiário no Bento Freitas.
Mesmo que ninguém tenha confirmado oficialmente, a saída do ex-comandante, ídolo da torcida, tem tudo a ver com dois problemas que afetam a vida e a campanha de qualquer time de futebol: salários atrasados e saída de jogadores.
Metido numa bronca nada pequena, que é de fugir do pior na Segundona, o Xavante necessita achar solução para os dois delicados assuntos. Verdade que não está fácil arrumar dinheiro, também é verdade que aqueles jogadores que interessam, que chegam com pompa de titulares, já estão encaixados em outros clubes.
Mas a única coisa que não tem solução é a morte. A escolha de Bolívar, que quase colocou o Cianorte entre os melhores da Série D, foi acertada, mas isso não basta. Se não resolver as encrencas, a direção do clube pelotense vai sangrar até a última rodada, com todas as chances de baixar de divisão.