A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Reconhecido em premiações nacionais e internacionais, o terroir do Vale dos Vinhedos também foi aprovado em taça pelo presidente francês Emmanuel Macron. Em Paris para as Olimpíadas, o repórter da Rádio Gaúcha Rodrigo Oliveira perguntou nesta segunda-feira (22) o que ele havia achado do espumante presenteado pelo presidente Lula em março, durante sua última visita ao Brasil. Um 130 Brut Blanc De Blanc, da Casa Valduga, de Bento Gonçalves. Ao que Macron respondeu:
— Eu adorei (assista ao vídeo abaixo).
Mais do que um dos principais chefes de Estado do mundo, chama atenção o país de onde vem o elogio: a França. Local que já tem consolidada a produção da bebida — algumas, inclusive, com nome próprio: o champanhe.
O elogio, argumenta um dos donos da vinícola, Juarez Valduga, "não é para menos". Além do terroir do Vale dos Vinhedos, que, inclusive, tem denominação de origem, a combinação de uvas chardonnay de diferentes safras faz esse espumante ter um sabor "único".
— Tanto que não é a primeira vez que recebemos elogios de autoridades como essa — constata o empresário.
O mesmo rótulo, aliás, foi eleito o melhor do mundo em um concurso francês em 2021, o Vinalies Internacionales.
Assista ao vídeo
O elogio foi feito após a apresentação do repórter Rodrigo Oliveira ao presidente francês. O jornalista se apresentou e atualizou o cenário pós-enchente gaúcho. Macron, então, agradeceu a presença de um veículo do Estado nas Olimpíadas, mesmo após a catástrofe climática em maio.
Rodrigo, então, voltou a fazer referência ao Rio Grande do Sul, desta vez com o espumante presenteado.
Os ingredientes que levam à qualidade
Na avaliação de Juarez Valduga, há uma série de ingredientes que levam à qualidade do espumante presenteado ao Macron. E o primeiro deles vem de uma regra passada de geração por geração: o de produzir com excelência.
— Meu pai sempre nos ensinou (ele e os irmãos) que é melhor produzir um vinho de alta qualidade do que dois de baixa — afirmou Valduga.
O empresário também cita a origem das cultivares semeadas nos 250 hectares de vinhedos como outro fator: todas da França e da Itália.
A "maior adega de maturação da América Latina" situada no território da vinícola também é um ingrediente para a receita de sucesso.
— Ajuda a dar tempo suficiente para o espumante chegar com qualidade ao mercado — argumenta.
E o investimento em tecnologia, seja pública, via Embrapa, ou privada.