A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois de dias submersa, a pista do cavalo crioulo no parque Assis Brasil, em Esteio, voltou a ficar "em perfeitas condições" de uso. Essa foi a avaliação dada à coluna pelo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), César Hax. O local foi um dos primeiros a receber limpeza e ser recuperado da enchente — que chegou a 1m50cm na pista.
A cobertura, no entanto, trouxe algumas dificuldades, acrescentou o dirigente:
— A pista coberta trouxe uma série de vantagens (com relação à qualidade da prova), claro, mas também desvantagens. Venta menos, tem menos sol. Isso fez com que demorasse mais para secar.
Agora, a "prova de fogo" do espaço vai ser entre os dias 29 de julho e 4 de agosto, quando o calendário do Freio de Ouro volta para Esteio. É na Classificatória Aberta, a repescagem para Grande Final. Até então, as seletivas que ocorreram durante maio e iriam ocorrer no parque tiveram de ser transferidas para Rolante.
— Vai ser o ensaio geral da raça, o teste de toda a estrutura após a cheia — reforça Hax.
Além da pista, a ABCCC teve prejuízos em espaços como cocheiras e mangueiras do parque. Há necessidade de troca de madeira, pintura, limpeza, desinfecção de infraestruturas. Ao todo, o presidente da entidade estima que serão R$ 500 mil para a recuperação.
É por isso que André Rosa, vice-presidente de Exposições Morfológicas e Modalidades Seletivas da ABCCC, acredita que esse será o Freio da "resiliência do povo gaúcho", durante a 47ª Expointer:
— A gente precisa que as provas voltem. E não só pelas provas, mas porque é um mercado gigante que movimenta direta e indiretamente toda uma cadeia produtiva que é a raça do cavalo crioulo.