A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A estratégia de não colocar todos os olivais na mesma área fará a Prosperato ter uma redução na safra menor do que a prevista para o Estado. Com sede em Caçapava do Sul, a marca de azeites de oliva extravirgem projeta uma colheita 30% menor em relação ao ciclo passado. No RS, deve ficar entre 60% e 70%.
De acordo com Rafael Marchetti, diretor da empresa, o plantio de oliveiras em diferentes regiões do Estado, na Costa Doce e na Campanha, com variedades distintas e em anos intercalados é o que ajuda a explicar essa diferença de números.
— Hoje, nossos olivais se comportam de forma diferente porque estão em regiões com condições climáticas diferentes e têm idades distintas. Por isso também, não acentuam a quebra da safra, quando ocorre, em função do clima ou da alternância natural dos pomares — esclarece Marchetti.
De acordo com o diretor também, se a chuva de setembro e outubro atrapalhou a floração das oliveiras, a de novembro e dezembro foi benéfica para a azeitona:
— Auxiliou na lipogênese, processo em que ocorre a transformação da água que fica no interior da fruta em azeite. Se a oliveira não tiver água suficiente neste período, os frutos serão menores, assim como a quantidade de azeite produzido.
Outro ponto positivo, além do rendimento, é a quantidade de frutas por oliveira.
Enquanto na Prosperato a perspectiva é de produzir 35 mil litros de azeite de oliva em 220 hectares, no Rio Grande do Sul, a produção deve chegar a apenas um terço da média dos últimos três anos, que é de 410 mil litros. A projeção é do Paulo Lipp, coordenador do Programa Pró-Oliva, da Secretaria da Agricultura.