Com uma fatia de 21% da produção do Estado, a indústria avícola do Vale do Taquari estima um prejuízo de R$ 220 milhões, em um balanço parcial, em razão das cheias que deixaram um rastro de morte e destruição na região. O levantamento foi feito pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e reflete danos verificados nas seis indústrias locais.
Os problemas mapeados foram em estruturas das plantas, aviários, mortalidade de animais, genética, logística, elétricos, máquinas, equipamentos e mercado.
— Realmente, é um momento crítico para a região e para as indústrias e produtores impactados drasticamente com essa situação. O amparo governamental e de outras instituições será extremamente necessário e vital para a retomada — ponderou José Eduardo dos Santos, presidente-executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Um dos frigoríficos afetados pelas enchentes foi o da Cooperativa Dália, em Arroio do Meio. A unidade tem capacidade instalada de abate de 70 mil aves por dia, mas vinha operando com cerca de 50% desse volume. No local, a água invadiu o pátio e estruturas periféricas foram danificadas. A atividade foi retomada nesta segunda-feira (11), mas a maior dificuldade segue sendo a de pessoal. Os trabalhadores (no local são 450) foram diretamente afetados pelas cheias. O frigorífico de suínos da cooperativa, em Encantando, segue parado.
— Serão necessárias linhas de financiamento para ajudar nessa reconstrução, que terá um custo — disse à coluna, na semana passada, o presidente-executivo da Dália, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas.