A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Com o impacto que segue de instalações alagadas, equipamentos queimados, estoques perdidos e atividades paralisadas pela enchente do Rio Taquari, o setor avícola da região voltou a pedir socorro. Desta vez, por meio da Organização Avícola do RS (Asgav/Sipargs), que encaminhou documentos aos governos federal e estadual e aos parlamentares cobrando ações.
A principal demanda do setor no momento é a criação de condições especiais de linhas de crédito e financiamentos. No início de setembro, um levantamento estimou um prejuízo de cerca de R$ 220 milhões em indústrias avícolas afetadas no Vale do Taquari — sem considerar perdas com faturamento, por exemplo, o que elevaria o montante. Essas empresas já haviam solicitado medidas para reduzir os impactos financeiros aos governos.
"Precisamos de ajuda para ontem", frisa o presidente da Asgav/Sipargs, José Eduardo dos Santos:
— As empresas estão com dificuldade de manter o fluxo comercial. E não são "apenas" essas seis. O setor avícola envolve outros setores da economia, como o de embalagens, por exemplo.
A vinda do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ao Rio Grande do Sul, marcada para a próxima semana, reforça a expectativa por eventuais medidas de socorro.
— É explícita a necessidade de urgência. A gente espera que tenham (medidas de socorro nesta visita) — o presidente da Asgav.
O Vale do Taquari é responsável por 21% da produção gaúcha de carne de frango. Já o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor da proteína no Brasil.