A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A chegada do mau tempo associado ao ciclone que se aproxima do Rio Grande do Sul deixou os primeiros danos em propriedades do interior do Estado nesta quarta-feira (12). Em localidades do municípios de Dilermando Aguiar, a cerca de 50 quilômetros de Santa Maria, a chuva forte e o granizo causaram estragos em lavouras de hortaliças e em galpões onde ficam tambos e resfriadores de leite.
Pelo menos seis produtores tiveram problemas, segundo o secretário da Agricultura e Meio Ambiente do município, Elio Sarturi.
Na Serra, o temporal afetou parreirais. O receio é com o mau tempo que ainda virá, com previsão de ventos acima de 100 km/h em algumas regiões ao longo da quinta-feira (13).
No Noroeste, a nova unidade da Cooperativa Tritícola Sarandi (Cotrisal) localizada no município Sede Nova foi destruída pelo temporal. O vento forte arrancou o telhado do escritório, de lojas e do local de recebimento de grãos.
No último evento climático severo que atingiu o Estado, o ciclone extratropical no mês passado, os prejuízos à agropecuária somaram quase R$ 150 milhões. Conforme levantamento feito pela equipe técnica da Emater, mais de 8 mil propriedades registraram estragos.
As perdas se concentraram principalmente no Litoral Norte e na Região Metropolitana. Conhecida pela produção de hortifrutigranjeiros, a região mais atingida pelo ciclone também registrou danos nas plantações de grãos e nas atividades pecuárias de avicultura, bovinocultura e suinocultura.