Há um som marcante no espaço do parque Assis Brasil, em Esteio, destinado aos pequenos animais, categoria que engloba de aves a chinchilas e somou 1.898 inscritos nesta edição da Expointer. É um "cocoricó" que ressoa como uma sinfonia que vem em ondas dentro do pavilhão. Basta um primeiro cacarejar, para que outros tantos se multipliquem. Assim como os animais de grande porte, esses, que fazem sucesso com a criançada, vão chegando aos poucos, para vencer longas distâncias e permitir a adaptação necessária ao novo ambiente.
— Uma pesquisa mostrou que 70% do público da Expointer passa nos pequenos animais. Muitas vezes, é o primeiro contato com animais — observa André Machado Schmitz, criador e vice-presidente da Associação Brasileira de Aves de Raças Puras e Ornamentais (Apca).
De Alegrete, na Fronteira Oeste, ele percorreu 504 quilômetros para chegar ainda na segunda-feira (22) ao parque Assis Brasil com seus animais. Viajou à noite, para garantir maior conforto às aves das raças orpington, sussex, brhama e perdiz.
Na chegada, foram recepcionados pela equipe da Secretaria da Agricultura. A médica veterinária Renata Marques, chefe da admissão dos pequenos animais, explica que a primeira coisa é verificar a documentação e confirmar a inscrição:
—Depois, animal por animal, veremos as condições sanitárias. No caso dos galináceos, é preciso ver a vacina contra a doença de Marek e a de New Castle. Cuidamos também para ver se não se machucou.
Para garantir o conforto térmico no espaço, questões como temperatura e ventilação são controladas. Para quem for visitar o pavilhão, Renata e a colega Fabíola Petzhold, dão algumas dicas preciosas, que evitam estresse adicional aos animais: não alimentar, não bater nas gaiolas e não gritar.
Até as 18h desta terça-feira (23), 289 exemplares já haviam sido admitidos no pavilhão dos pequenos animais.