Produtores de milho, soja e milho silagem (destinado à alimentação de animais) estão entre os mais afetados pela estiagem no Rio Grande do Sul, mostra levantamento atualizado das perdas feito pela Emater.
Nesse que é o terceiro boletim de evento adverso elaborado pela instituição, cerca de 257 mil propriedades aparecem na relação das impactadas pela falta de chuva. Na estratificação dos que contabilizam danos, o milho concentra o maior contingente: 98,21 mil. Na soja, 88,44 mil e, no milho silagem, 43,75 mil.
Importante a ressalva de que, como um produtor pode cultivar mais de uma cultura, o total de afetados supera o de propriedades rurais. Produção de leite, fumo, de fruticultura, feijão 1ª safra e olericultura são outras atividades em que agricultores contabilizam prejuízos.
Outro indicativo importante vem dos números de comunicações de perdas para fins de Proagro (seguro para intempéries) encaminhadas à Emater. Em uma trajetória linear de crescimento linear, somavam 8 mil registros no último dia 10 (em 1º de outubro do ano passado, eram 2.853).
O mapa da quebra conforme cada uma das 12 regionais da instituição, mostra que há regiões em que a porcentagem de perdas está, no retrato deste momento, em patamares inferiores à média estadual, como observou à coluna o diretor-técnico da Emater, Alencar Rugeri.
— A grande perda será a econômica — pontua, em relação aos prejuízos que, só na soja e milho passam de R$ 33 bilhões.