Com expansão da área plantada e clima de otimismo entre os produtores, a colheita do alho avança no Rio Grande do Sul. Neste ano, o legume ocupou cerca de 1,3 mil hectares no Estado, incremento de 10% frente aos 1,2 mil hectares do ano passado. E, em um ano marcado por adversidades climáticas, a cultura se desenvolveu com boa produtividade.
A colheita deve se estender até dezembro. Em comparação com outras culturas, o alho passou ileso pela geada e pelo granizo. Nem mesmo a estiagem afetou significativamente as plantações, como esclarece Gervásio Paulus, coordenador técnico estadual de olericultura da Emater-RS.
— No caso específico do alho, a maioria da área de produção comercial é irrigada. E esse clima mais seco e um pouco mais frio de noite é bom para a cultura em termos de fitossanidade e reduz a ocorrência de doenças — justifica.
A Serra concentra 90% do cultivo no Estado, com 1,2 mil hectares e deverá colher 13,2 mil toneladas de alho neste ano. Em São Marcos, um dos municípios da região que puxam o plantio, foi a irrigação que minimizou o impacto da estiagem.
Rudinei Girardello, extensionista da Emater-RS em São Marcos, explica que as lavouras sem irrigação tiveram perdas pontuais, principalmente durante a formação dos bulbos, as “cabeças de alho”.
— A safra de alho que está sendo colhida em sua maioria apresenta boa qualidade, com bulbos firmes e de bom calibre — afirma.
Segundo Girardello, em torno de 20% da área plantada já está colhida. A projeção é de que, até 10 de dezembro, a colheita chegue ao fim. O extensionista estima que a produtividade desta safra ficará próxima à do ano anterior, que esteve entre 10 e 12 toneladas por hectare.
*Colaborou Isadora Garcia