Uma década depois da produção da primeira safra de azeite extravirgem, a marca Olivas do Sul, de Cachoeira do Sul, segue colhendo os frutos da dedicação à atividade. Acaba de trazer para casa três conquistas no concurso L’Orciolo d’Oro, realizado na Itália.
Na categoria frutado médio do Hemisfério Sul, a marca levou o primeiro lugar, com o blend Riserva D’Oro, e o terceiro, com Olivas do Sul- Coratina. A agroindústria gaúcha foi contemplada ainda com o prêmio especial Giuseppe Fontanazza.
As distinções se somam às já obtidas em anos anteriores – só em 2019, foram 21 premiações internacionais. A propriedade é tocada pelo casal José Alberto e Vani Aued. Ele lembra que já no primeiro ano de produção, em 2010, conquistaram um lugar no catálogo Flos Olei das 500 melhores do mundo.
A aposta na atividade começou há 14 anos, com a implantação do primeiro pomar, depois de estudos e busca de parcerias, como a obtida com a UFRGS. Os 12 hectares iniciais foram ampliados, chegando hoje a 25 na propriedade de Cachoeira do Sul na Região Central. Uma segunda área, de cem hectares, fica em Encruzilhada do Sul e deve entrar em produção na próxima safra.
Para o novo ciclo, a expectativa é de produzir 20 mil litros de azeite extravirgem – no primeiro ano, foram 800 litros e o potencial, segundo Aued é de entre 80 mil e cem mil litros.
– Atribuímos o sucesso da nova olivicultura à utilização do calcário e à preparação do solo, que são fundamentais – avalia Aued.
O Rio Grande do Sul é destaque na produção de oliveiras no país, com área total de 6 mil hectares.