Entidades contrárias ao projeto de reforma tributária apresentado pelo governo do Estado sentaram-se à mesa para conversar sobre o tema com deputados gaúchos. O encontro virtual, nesta sexta-feira (21), reuniu 160 pessoas, incluindo 20 parlamentares e quatro representantes. Durante cerca de três horas, foram colocados pontos de divergência em relação ao texto.
— Parece haver consenso de que há muitos equívocos na forma como está colocada a proposta. O peso da carga ficou com o agronegócio — entende Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva reforça a contrariedade à proposta encaminhada:
— Todos os cidadãos, rurais ou urbanos, devem estar atentos a essa situação, visto que o aumento no custo de produção e aquisição de máquinas refletirá no aumento da cesta básica.
Os dois dirigentes haviam se reunido um dia antes com o governador Eduardo Leite. A ponderação é de que a reforma, como está, onera ainda mais o setor, um dos pilares da economia gaúcha e que não faz parte da lista de créditos. Entre os pontos de divergência está a incidência de 10% sobre as isenções de agroquímicos, fertilizantes e outros insumos. Outro ponto é o aumento do percentual do Imposto de Transmissão de Causa Mortis e ou Doações (ITCD).
Documento assinado no dia 13 por 14 entidades orientou deputados a se posicionarem contra. A resposta ao pedido será um grande teste à relação com o Legislativo e o Executivo.