Puxado pelo crescimento das vendas de colheitadeiras, a indústria de máquinas fechou junho com leve alta sobre maio, de 0,9%, aponta levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgado nesta segunda-feira (6). No total, foram 3,9 mil unidades comercializadas. Na comparação com igual mês de 2019, o cenário ainda é de queda, de 9,6%a, assim como no acumulado do ano, que registra recuo, de 1,3%.
É que neste resultado estão incluídas as máquinas rodoviárias, que devem fechar o ano com redução de 22% nos negócio. Os equipamentos agrícolas tendem a registrar crescimento em 2020. Na soma das categorias, a projeção é de neutralidade, pontuou Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Anfavea. Sobre o crescimento verificado em junho, avaliou:
— Foi puxado por colheitadeiras de grãos, em que crescemos 130%, e colhedoras de cana, com crescimento de 225%. Isso se deve ao fato de as colhedoras de cana retomarem o mercado e a colheita dessa que será uma excelente safra. Nos grãos, os produtores estão se preparando para uma safra que, esperamos, seja excepcional.
No Rio Grande do Sul, que responde por aproximadamente 60% da produção nacional de máquinas e implementos agrícolas, as perspectivas também são otimistas. Apesar da quebra de safra de verão, a colheita positiva de arroz e a aposta no cultivo de trigo no inverno ajudam a movimentar os negócios. Além disso, no país, a conjuntura é bastante favorável, com produção recorde e preços valorizados de grãos. Como 89% das vendas são para fora do Estado, esse é considerado um bom sinal.
— O mercado está comprador — observa Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do RS (Simers).
Ele acrescenta que o segmento deve, inclusive, começar a contratar em breve.
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