Com outra perspectiva da pandemia, os Estados Unidos tiveram novos frigoríficos fechados por conta de casos da doença entre trabalhadores. Nesta semana, subsidiária da JBS suspendeu a operação da unidade de carne suína de Worthington, em Minnesota. É a terceira a ter a medida.
No Brasil, a marca não comenta oficialmente o assunto. O posicionamento do setor tem ficado por conta da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A entidade afirma que monitora o enfrentamento da covid-19 por meio de comitês temáticos, onde “são definidos e constantemente atualizados protocolos para preservação da saúde dos colaboradores”. Reforça que antes da quarentena empresas adotaram medidas preventivas, como afastamento de pessoas do grupo de risco.
– O frigorífico em si é um ambiente de muito cuidado. Sempre foi e agora teve reforço – salienta Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.
Ele acrescenta que o número de casos em empresas é pequeno diante do contingente de mais de 500 mil trabalhadores de "chão de fábrica" no país. E que nenhuma unidade teve de paralisar por conta desse motivo. No Rio Grande do Sul, a Companhia Minuano, em Lajeado, confirmou 16 casos da covid-19 no dia 16 deste mês e afastou parte dos funcionários como medida de segurança (grupo de risco e pessoas com sintomas de gripe).
As orientações das indústrias
Segundo a ABPA, as empresas reforçaram todos os cuidados recomendados pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde. Parte dessas ações já eram rotina. Outras medidas preventivas foram acrescentadas:
• Aumento da rotina de higienização de todos os ambientes dentro e fora do frigorífico, como o transporte e outros.
• Adoção de medidas contra a aglomeração, com a redistribuição de horários de refeição e contratação de mais veículos de transporte
• Monitoria constante do estado de saúde dos trabalhadores enquanto estão no espaço do frigorífico
• Reforço nas orientações de cuidados para a saúde por meio de orientações diretas, folhetos e outras formas de comunicação interna.