Atendendo a solicitação feita pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul), a Secretaria da Agricultura deve publicar ainda nesta sexta-feira instrução normativa que prorroga o prazo para que produtores entreguem a documentação que comprova a vacinação do rebanho contra febre aftosa. Além disso, o documento trará também a possibilidade de que a comunicação seja feita por meio eletrônico, como havia sinalizado à coluna o secretário Covatti Filho.
— No momento, o produtor tem de comprar a vacina e deixar a documentação pronta, para não ter necessidade de amontoamento nas inspetorias. É questão de saúde pública — afirma Gedeão Pereira, presidente da Farsul.
A sugestão foi encaminhada nesta sexta-feira. O dirigente entende que o ideal seria a utilização do meio eletrônico, mas reconhece que existem dificuldades para isso em pontos do Estado.
— Estamos buscando várias alternativas — diz Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, chefe do Departamento de defesa Agropecuária da secretaria.
Apesar das restrições à circulação e do estado de calamidade pública decretado no Rio Grande do Sul, o movimento nas inspetorias veterinárias para entrega da documentação que comprova a imunização do rebanho contra a febre aftosa segue grande. Em Giruá, por exemplo, a média diária de atendimento costuma ser de 10 pessoas. Nesta semana, chegou a registrar 51. Em Encruzilhada do Sul, somente até o meio-dia desta sexta-feira (20), 107 pessoas haviam sido atendidas.
A situação nas inspetorias veterinárias é vista com preocupação por servidores. A Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro) entende que há risco em manter o atendimento nas inspetorias. Por isso, havia solicitado a suspensão da campanha.
A pasta não trabalha, por enquanto, com a possibilidade de suspensão da campanha iniciada na segunda-feira (16) e que segue ate 14 de abril. Serão imunizados 12,6 milhões e bovinos e bubalinos.