No primeiro levantamento da safra 2019/2020 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a projeção é de que a colheita brasileira cresça 1,6% na comparação com o ciclo 2018/2019, somando um total de 245,81 milhões de toneladas. Já no Rio Grande do Sul, o volume deverá ser 1,4% menor, considerando a produção de verão e a de inverno, somando 34,85 milhões de toneladas.
— O Brasil está mais otimista, mas isso é em razão da soja e do milho, que tiveram queda em outras regiões do país no ano passado. Agora, esse aumento seria a recuperação — observa Carlos Bestétti, assistente da superintendência da Conab no Rio Grande do Sul.
Vale lembrar que essa primeira estimativa é feita com base na intenção de plantio, com produtividade e produção sendo projetadas a partir de média histórica. Em relação à área cultivada, somente o arroz tem perspectiva de recuo, de 2,8%. Reflexo da crise que atinge a atividade e do resultado da safra passada, quando houve quebra na produção em razão das condições climáticas.
Na soja, a previsão é de alta de 1% no espaço dedicado à cultura. Esse avanço, segundo Bestétti, deverá se dar sobre áreas de arroz e novos espaços na Campanha e Zona Sul. Apesar disso, a colheita do principal grão cultivado no verão é apontada pela Conab como 4,1% menor do que a anterior, somando 18,4 milhões de toneladas.
Considerando apenas a produção de verão, os gaúchos deverão colher, segundo o órgão, 31,96 milhões de toneladas, redução de 1,5%. Para a Emater, que divulgou na Expointer seu primeiro levantamento de safra, o volume de grãos, no entanto, deverá ser recorde, chegando a 33,27 milhões de toneladas, com a produção de soja estimada em 19,75 milhões de toneladas.
Presidente da Associação dos Produtores de Soja do RS, Luis Fernando Fucks entende que, se há incremento de área, o plausível é de que, no mínimo, se tenha a manutenção da produção:
— De repente, nesta safra, a gente chegue de fato na casa das 20 milhões de toneladas.
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