O chefe do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura do Estado, Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, deve conversar na sexta-feira (18) com integrantes da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. A ideia é poder falar sobre a evolução do status sanitário em relação à febre aftosa. O encontro será durante reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Florianópolis (SC). O Paraná teve autorizada a suspensão da vacinação, a partir de novembro, conforme instrução normativa assinada na terça-feira (15) e publicada na quinta-feira (17). O Rio Grande do Sul aguarda relatório parcial de auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura em setembro.
Esse documento será a primeira resposta sobre as estruturas de defesa sanitária do Estado. Eventuais questionamentos poderão ser respondidos pela secretaria estadual. Só depois se haverá um veredito. É a partir da avaliação técnica que os gaúchos deverão decidir se também deixam de vacinar o rebanho bovino e bubalino. A segunda etapa da campanha deste ano está mantida.
— Estamos muito esperançosos em relação à resposta da auditoria — afirma Ferreira Neto.
O fato de o trânsito de animais vivos pelo Paraná ter sido mantido até o final deste ano, com a proibição passando a vigorar somente em 2020 alimenta a expectativa de que o Minsitério da Agricultura possa estar levando em consideração a busca por novo status também por parte do RS.
— A gente faz questão que o RS vá conosco (deixe de vacinar) — afirma Ronei Volpi, diretor-executivo da Fundo de Desenvolvimento da Pecuária Paranaense (Fundepec) e assistente da presidência da Federação da Agricultura do Paraná (Faep).
Ele reforça que, na suinocultura, por exemplo, 65% dos mercados não são acessados por quem vacina.
Mas nem no Paraná, onde o fim da imunização já é realidade, há consenso. A Sociedade Rural paranaense questiona a decisão feita de forma antecipada e isolada.
— Nessa questão sanitária, sempre entendi que deve ser uma política da União e não de um Estado, isoladamente. Porque prejudica o melhoramento genético — pondera Moacir Sgarioni, diretor administrativo financeiro.
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