Dois anos. Esse é o novo prazo para a conclusão das obras das barragens de Taquarembó e Jaguari, na Fronteira Oeste. Se concretizado, fará com que o tempo total de execução tenha sido de 14 anos a um custo estimado, no momento, de R$ 325 milhões. A retomada dos trabalhos será tema de reunião marcada para hoje na Secretaria de Obras, que está assumindo a condução do assunto, a cargo da pasta da Agricultura. Na prática, essa mudança de titularidade ainda depende de lei a ser aprovada pela Assembleia Legislativa .
– Criamos grande grupo para distensionar pontos que estavam amarrados, para não perdermos recursos. O objetivo é dar agilidade, para concluir tudo em dois anos – garante o secretários estadual de Obras e Habitação, José Luiz Stédile.
O Estado, acrescenta, esteve a ponto de perder os recursos, vindos quase que na totalidade do governo federal. No último dia 10, foi assinado contrato com as empresas que farão a supervisão da obra em Taquarembó. A barragem fica em Dom Pedrito e beneficiará também Lavras do Sul e Rosário do Sul. Sua primeira fase, segundo o Piratini, está concluída, tendo consumido R$ 109 milhões. A segunda, de R$ 82 milhões, soma 26% executados, mas está parada porque dependia da supervisão. A data da retomada deve ser definida no encontro de hoje com as companhias.
A barragem de Jaguari fica em São Gabriel, devendo atender ainda Lavras do Sul e Rosários do Sul. A primeira fase, ao custo de R$ 74 milhões, chega a 88%. A segunda, mais R$ 60 milhões, tem só 14% concluída.
– Não podemos deixar essas obras virarem ruínas. Tenho dito que a meta é enchermos as barragens. São reservas hídricas fantásticas, visando diversificação de culturas da região – observa Edson Silva, presidente da Associação dos Usuários da Água da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria (AUSM).
Quando prontas, as barragens servirão como reservatórios, tanto para o abastecimento da população quanto para a irrigação da produção agrícola. Para isso, será necessária a etapa seguinte, de construção dos canais que levarão a água.
Santos exemplifica que Taquarembó tem capacidade para acumular 116 milhões de metros cúbicos. Poderia irrigar 50 mil hectares por ano.
O tempo favorável à produção no Estado nos últimos talvez tenha mascarado a falta de evolução das obras.
– A gente só se lembra das barragens quando há seca – pondera o presidente da AUSM.
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