
Se a meta dos organizadores da Expointer é bater os resultados do ano passado, quando os negócios somaram R$ 2,3 bilhões, e com a indústria de máquinas — que responde por 99% da cifra — estimando alta de 5%, as instituições financeiras chegam a Esteio com perspectiva ainda mais otimista. Querem crescer pelo menos 20%. Por série de razões, que vão desde a retomada da confiança, depois de um 2018 mais turbulento por conta do cenário político-eleitoral, até o reposicionamento estratégico.
Com a credencial de quem tem 60% da carteira de crédito rural no país, o Banco do Brasil (BB) projeta aumento de 20% nos financiamentos durante a exposição — e também no Plano Safra 2019/2020. Vice-presidente de agronegócios do BB, Ivandré Montiel da Silva cita ações que demonstram a confiança em bons negócios.
O estande foi modernizado, a sede da vice-presidência será transferida para a feira e haverá lançamento de ferramenta para contratar linhas de custeio 100% digital.
— Esperamos que, como a produtividade está pujante, e o produtor necessita de novas tecnologias, o crédito no atual Plano Safra cresça 20% em relação ao valor aplicado no anterior — pontua o dirigente.
Da mesma forma, o Sicredi, maior financiador de Pronaf no país, estima avanço de 20% sobre os negócios da Expointer passada. Márcio Port, vice-presidente da Central Sul- Sudeste, lembra que o resultado da feira passada deixou a desejar, ainda que o de 2018 tenha sido muito positivo.
— A agricultura familiar tem papel bastante relevante. No ano passado, 70% dos protocolos na Expointer foram de Pronaf, o que mostra que o produtor familiar tem buscado modernização — afirma Port.
O Banrisul, que está focado em consolidar-se no setor, chega à exposição com meta ousada. Segundo Robson Oliveira Santos, superintendente-executivo de crédito de agronegócios, a expectativa é dobrar o volume de 2018.
— A Expointer é uma grande oportunidade — reforça.