Com o processo de compra da Monsanto concluído no mês passado e a perspectiva de que a unificação das operações possa ser feita em agosto, a multinacional Bayer começa a preparar o terreno para a nova companhia.
Em conversa com grupo de jornalistas, em São Paulo, o presidente global da Crop Science, Liam Condon, que conduz o processo de integração das marcas, ressaltou a importância do mercado agrícola brasileiro para o resultado global. O Brasil é o segundo principal mercado e a maior aposta de crescimento. O faturamento das duas marcas, juntas, no país, será de R$ 15 bilhões. Desse montante, 80% vem da unidade Crop Science, que atende o setor primário.
– O Brasil é extremamente importante em termos de mercado e o principal em termos de crescimento – afirmou Condon.
Ele também ressaltou que a empresa vem trabalhando para que as pessoas conheçam o papel do produtor e entendam suas necessidades para o desenvolvimento da atividade.
A decisão de extinguir a marca Monsanto também foi comentada:
– Sabe-se que a própria Monsanto considerou mudar de nome no passado. Fizemos auditoria extensiva. O que ficou claro é que a marca Bayer tem uma presença muito positiva no mundo, e não poderíamos dizer o mesmo da Monsanto.
E sobre outro ponto sensível, a cobrança de royalties da soja transgênica, Gerhard Bohne, diretor de operações da Crop Science do Brasil, afirmou:
– Sim, estamos abertos às discussões com associações, como hoje fazemos.