Com o entendimento de que o sistema de cobrança de royalties da segunda geração de soja transgênica precisa ser revisto, entidades do agronegócio do Rio Grande do Sul voltam a se reunir, amanhã, para tratar do tema. Em abril, encontro também realizado na Federação da Agricultura do Estado (Farsul) mostrou que havia descontentamento — antigo com a taxa de 7,5% cobrada sobre a produção (na moega), e com a postura dos auditores que fazem a conferência da carga entregue. Segundo relatos, atuariam em algumas empresas ou cooperativas e não em outras, por vezes próximas, gerando condição desigual.
— Faremos a discussão para ver o que as bases de cada entidade deram como alternativa. Todo mundo está achando muito caro o valor cobrado. Se baixasse o preço, mais gente pagaria — afirma Elmar Konrad, vice-presidente da Farsul.
Uma das entidades que questiona o modelo atual de cobrança da Intacta RR2 Pro, da Monsanto, é a Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro).
— Temos um posicionamento de que o sistema, como está, não pode ficar. Mas ainda não definimos o que fazer daqui para frente — observa Paulo Pires, presidente da Fecoagro.
No início de abril, a Cotripal, de Panambi, no Noroeste, chegou a suspender o contrato com a Monsanto, deixando de recolher, temporariamente, royalties sobre a produção entregue.
Também amanhã, a Farsul tem, na parte da tarde, encontro com executivos da Monsanto (agora já da Bayer). A empresa confirma agenda na Capital, que classifica como reunião de trabalho, para ouvir e trocar ideias.