Em vigor há cinco anos, com o objetivo de permitir a venda de produtos das agroindústrias fora dos municípios de origem, o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf) ainda caminha a passos lentos. De 2012 para cá, 21 municípios conseguiram a habilitação. Das 497 cidades gaúchas, 229 solicitaram a adesão.
– Acho pouco. Mas o Susaf hoje é uma realidade. E os impactos são muito positivos onde houve a inclusão no sistema – afirma o presidente da Assembleia, deputado Edegar Pretto (PT), autor da lei que implementou a ferramenta.
O assunto será tema de seminário que ocorre nesta quarta-feira (19) no Teatro Dante Barone. No caminho entre o pedido feito e a conquista do certificado, estão dificuldades como convencer prefeitos de que é necessário investir em um Serviço de Inspeção Municipal (SIM) eficiente. Há ainda falta de equipe técnica da Secretaria da Agricultura com dedicação exclusiva para as auditorias. Conforme Vilar Gewehr, chefe da Divisão de Inspeção da secretaria, atualmente 14 auditores atuam nos processos do Susaf, mas têm de se dividir com outras tarefas. Muitos deles fazem inspeção, por exemplo.
– Se houvesse 10 auditores exclusivos, conseguiríamos fazer o processo todo sem problemas – estima Gewehr.
O ideal seria que, em seis meses, o município estivesse habilitado. Mas o tempo de resposta, em muitos casos, tem sido bem maior. É preciso considerar a falta de agilidade na resposta dada pelas prefeituras – em 76 casos, apenas enviaram o ofício demonstrando interesse, não deram continuidade.
Houve evolução no número de auditorias realizadas. Em 2013, foram apenas duas. Em 2014, subiram para 20 e, em 2015, para 47. No ano passado, caíram para 40 e nos primeiros seis meses deste ano, já somam igual número.
A meta para 2017 é chegar a 80.
– Para avançar no Susaf, dependemos de três fatores: do Estado, dos Serviços de Inspeção Municipal e das agroindústrias – afirma o secretário de Agricultura, Ernani Polo.