Insumo fundamental na produção de cerveja, a cevada deverá se espraiar um pouco mais nesta safra de inverno no Rio Grande do Sul. Pelo menos essa é a projeção da Ambev, que tem programa de fomento à cultura, com mais de 90% das famílias de produtores localizadas no Estado. Segundo Caio Batista, especialista agronômico da marca, a estimativa é de que a área cresça 35%, chegando a 70 mil hectares.
O plantio se concentra em junho, mas a janela se estende até julho. E apesar da chuva intensa no início do mês, a semeadura teve bom andamento.
A produção também deve ser maior do que em 2016 – foi de 150 mil toneladas.
– O que se espera é ter volume um pouco superior, se possível, com a mesma produtividade – observa o especialista.
A colheita gaúcha abastece as maltarias de Passo Fundo e Porto Alegre. Nesses dois locais, a capacidade de recebimento é de 270 mil toneladas – à produção estadual, soma-se o cereal importado basicamente da Argentina.
Com política de preços definida no início do ciclo – com valores que variam de região para região, mas não revelados pela empresa –, o produtor planta já sabendo quanto receberá na colheita.
– Hoje, a cevada se mostra o principal cereal de inverno em potencial de rentabilidade – afirma Batista.