Desde o início do mês, a Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, órgão consultivo do Ministério da Agricultura, tem no comando o gaúcho Márcio Albuquerque, 38 anos, representante da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica e diretor da Falker. Ele conversou com a coluna.
Agricultura de precisão é sinônimo de custos maiores para o produtor?
Não necessariamente. Quando se começou a difundi-la no país, a promessa era o contrário. Hoje, pode ser mais cara ou barata, dependendo do diagnóstico. A base da agricultura de precisão é o diagnóstico. O usuário não tem de reduzir custo, tem de aumentar o rendimento. É uma gestão baseada em dados e números. O conceito é claro. Tratar a variabilidade nas lavouras com uso da tecnologia.
Como disseminar a prática entre os produtores familiares?
Um dos principais caminhos é via cooperativas. Porque a agricultura de precisão precisa de conhecimento e de alguns equipamentos. O cara de pequeno porte dificilmente conseguirá qualificação técnica para fazer sozinho, e o investimento em equipamento talvez não se justifique na área que cultiva. Para a difusão da prática, é preciso conhecimento e informação. Depende de base bem feita. Não adianta o cara que não está regulando máquina, não faz plantio direto buscar agricultura de precisão.