As elevadas produtividades obtidas neste ano, principalmente nas lavouras de milho, onde são usados pivôs, parecem ter aumentado o interesse pelos equipamentos de irrigação na Expodireto, em Não-Me-Toque. Siegfried Kwast, diretor-superintendente da Fockink, principal empresa gaúcha do ramo, se diz surpreendido pela busca por informações e negócios no estande da companhia na feira.
– O movimento está cerca de 50% acima do ano passado e isso que os melhores dias costumam ser quinta e sexta-feira – observa.
Apesar de o ciclo ter sido pródigo em chuva, no milho – cultura que melhor responde à irrigação – a diferença de rendimento chama a atenção. Kwast relata recente visita a São Miguel das Missões, município localizado em região que costuma sofrer com estiagens, onde as lavouras que dependeram apenas de São Pedro tiveram uma boa produtividade, de 160 a 180 sacas por hectare. Mas, nas molhadas por pivô, o rendimento alcança 180 sacas por hectare. Kwast observa ainda que, além das grandes culturas de grãos, cresceu a busca por irrigação para pastagens e hortigranjeiros.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers), Cláudio Bier, lembra que, em épocas de boas precipitações, a irrigação serve para potencializar a produtividade por dar água à planta nos momentos em que ela mais precisa. E, em anos de seca, é, literalmente, a salvação da lavoura.
– Aqui no Estado, quem quer produzir mais não tem disponíveis muitas áreas para comprar. Então, a saída é aumentar a produção por área. E a irrigação é uma das soluções – diz Bier.