Aos poucos, o som das colheitadeiras começa a tomar conta das lavouras de milho no Estado. A abertura oficial será dia 28, em São Luiz Gonzaga, nas Missões, mas a largada já foi dada. Em Doutor Maurício Cardoso, no Noroeste, o agricultor Paulo Cesar Froner (foto acima), 44 anos, iniciou os trabalhos nesta segunda-feira. Ele cultiva 38 hectares com o grão. O milho, plantado em 26 de julho, sentiu um pouco os efeitos da falta de chuva, mas se recuperou com o retorno das precipitações.
– Acho que será uma boa safra – estima Froner, com a perspectiva de colher entre 150 e 170 sacas do grãos, repetindo 2016.
A impressão é a mesma que tem o assistente técnico da Emater Alencar Rugeri. As perdas provocadas por falta de chuva, por ora, são consideradas pontuais.
Com atraso no plantio em razão do excesso de chuva, as lavouras de arroz do Estado têm agora um bom desenvolvimento.
A colheita se inicia em fevereiro, pela Fronteira Oeste. A abertura oficial será entre 16 e 18, na estação experimental do Instituto Rio Grandense do Arroz em Cachoeirinha.
– A perspectiva é de normalidade da colheita. Não falamos em supersafra – pondera Alexandre Velho, vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado.
O atraso no início do ciclo obrigou muitos agricultores a fazerem o replantio, ficando fora da melhor janela da safra. A Federarroz já busca no Ministério da Agricultura mecanismos que ajudem a sustentar os preços do cereal, como o Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEPM).