Em ano de retração da economia brasileira, a 19ª edição da Feira Nacional do Arroz (Fenarroz) surpreendeu ao alcançar R$ 210 milhões em negócios encaminhados – superando em R$ 10 milhões o resultado de 2015.
O desempenho é atribuído às máquinas voltadas para a produção de soja e para indústrias de beneficiamento de arroz.
– Equipamentos para engenhos de arroz tiveram boa procura de empresários brasileiros, argentinos e paraguaios – destaca Luís Alberto Silva, presidente da 19ª Fenarroz, em Cachoeira do Sul.
As vendas foram facilitadas por crédito oferecido pelos bancos de fábricas, diante da menor oferta de financiamento oriundo de instituições públicas. Apesar das dificuldades enfrentandas pelos arrozeiros, por conta da alta dos custos de produção e das perdas da safra em razão do excesso de chuva, Silva lembra do caráter multissetorial da feira.
– Isso faz com que não se dependa apenas de um setor. Tivemos aqui comércio, indústria e serviço, além dos produtos da agricultura familiar – afirma.
Em seis dias de feira, a Fenarroz contou com 305 expositores, além de palestras técnicas e audiências públicas. Depois de 18 anos, o evento voltou a receber a visita de um ministro da Agricultura.
Na quinta-feira, Blairo Maggi participou da cerimônia de abertura da feira, atraindo à Capital Nacional do Arroz as principais lideranças do agronegócio gaúcho.