A Expodireto-Cotrijal foi escolhida a dedo pela alemã Bayer para o lançamento comercial da soja transgênica Liberty Link. O produto promete mexer com o mercado brasileiro que, durante mais de 10 anos, foi dominado pela Monsanto, detentora da única tecnologia disponível.
Diretor de negócios de soja da Bayer, Hugo Borsari explica por que a empresa fez a opção de apresentar a tecnologia em solo gaúcho:
– É pela expressão nacional que a feira tem no país. O segundo motivo é porque o Rio Grande do Sul tem um desafio muito grande no manejo de plantas daninhas de difícil controle e resistentes ao glifosato.
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O modelo de cobrança foi definido: será “direto e exclusivo sobre cada variedade”, afirma o diretor, sem cobrança na moega. Para chegar ao produto agora lançado, foram mais de oito anos de pesquisa e milhões de dólares. Borsari desconversa sobre a quantia exata e a meta a ser alcançada.
– Estima-se que de 30% a 40% das lavouras de soja no país apresentem resistência ao glifosato ou tenham problema de controle de ervas daninhas – diz o executivo.
A Liberty Link é tolerante ao glufosinato de amônio, princípio ativo do Liberty, produto igualmente desenvolvido pela Bayer – que apresentou também em noite de campo, ontem, a Creedence, marca de soja da multinacional.
Para o produtor, a entrada de novos players – a Cultivance, variedade desenvolvida pela Basf e Embrapa entrou nesta safra no circuito comercial – traz a oportunidade da escolha.